Na edição de agosto de 2012 da Revista Metáfora (Editora Segmento), sai uma breve resenha que escrevi sobre o livro A Globo da rua da Praia, de José Otávio Bertaso (Globo Livros, 2ª ed., 2012).O texto está aqui.
Na edição de agosto de 2012 da Revista Metáfora (Editora Segmento), sai uma breve resenha que escrevi sobre o livro A Globo da rua da Praia, de José Otávio Bertaso (Globo Livros, 2ª ed., 2012).
Jornalistas que sabem pesquisar e escrever podem apresentar bons trabalhos de divulgação (e até de reflexão) sobre temas relevantes e... transcendentes. Um exemplo é Paraíso: nossa eterna fascinação com a pós-vida, de Lisa Miller. O livro saiu pela editora Nossa Cultura, em 2011.
Há dicionários para tudo, mas sempre se pode inventar um novo. Acabei de adquirir o Dicionário de apelidos dos escritores da literatura brasileira, de Claudio Cezar Henriques, pela Editora curitibana Appris (2012).![]() |
| Raquel de Queiroz |
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| Fabrício Carpinejar |
Vou à livraria e a vejo invadida pela filosofia. Pela divulgação de filosofia, sendo mais preciso.
Neste primeiro semestre de 2012, vários títulos chegaram e são fáceis de achar... e ler.
José Paulo Paes publicou em 1990, pela Companhia das Letras, Poesia erótica em tradução. O livro agradou e se esgotou. Foi relançado pela mesma editora, em 2006, na coleção Companhia de Bolso.
Para quem gosta de ler, erótico mesmo é pegar uma edição esgotada. Aquela que, daqui a 100 anos, será um raro prazer procurar, encontrar e folhear.
Oscar Wilde era paradoxal, inconveniente, incoerente, irônico, mordaz e crítico implacável das hipocrisias sociais. Amante da beleza e do prazer, denunciava: sabemos o preço de tudo, mas não sabemos o valor de nada!
Descobri que ainda uso essas palavras ou pelo menos as reconheço facilmente. Mas não pertencem a este nosso tempo, não frequentam nossas conversas reais ou virtuais. Jururu, muquirana e outras tantas palavras andam sumidas, embora reapareçam vez ou outra.
Somos manipuláveis, falhamos sem perceber (ou sempre temos uma razão que elimina a gravidade de nossas falhas), andamos iludidos até o fim da vida, acreditando, porém, que os outros, sim, estão mergulhados na ignorância, na burrice ou nas más intenções.![]() |
| A erróloga Kathryn Schulz |
Não aconselho que as pessoas se insultem, mas se você quiser xingar alguém, então faça com propriedade. Consulte o Dicionário brasileiro de insultos, de Altair Aranha (Ateliê Editorial, 2002).
Cada insulto deve ser aplicado ao insultado na medida certa.
Proibida de entrar no mundo da pedra, também não conseguirá entrar no mundo da folha ou da gota d'água. Pior do que estar num beco sem saída é não poder sequer entrar. Recusas experimentamos sempre.
A vida de Pi, de Yann Martel (Editora Nova Fronteira, 2010), é um livro animal. No sentido da gíria, porque é um livro fantástico, fora de série, mas também porque trata de animais... e de seres humanos, perigosos animais que somos.
O livro se torna ainda mais interessante na parte 2, quando, depois de um naufrágio, Pi se vê num bote salva-vidas, no meio do oceano Pacífico, em convivência forçada com uma hiena traiçoeira, uma zebra, uma orangotango e o terrível (e faminto!) tigre de bengala chamado Richard Parker.![]() |
| Irandé Antunes |
Deve-se escrever da mesma maneira como as lavadeiras lá de Alagoas fazem seu ofício. Elas começam com uma primeira lavada, molham a roupa suja na beira da lagoa ou do riacho, torcem o pano, molham-no novamente, voltam a torcer. Colocam o anil, ensaboam e torcem uma, duas vezes. Depois enxáguam, dão mais uma molhada, agora jogando a água com a mão. Batem o pano na laje ou na pedra limpa, e dão mais uma torcida e mais outra, até não pingar do pano uma só gota. Somente depois de feito tudo isso é que elas penduram a roupa lavada na corda ou no varal, para secar. Pois quem se mete a escrever deveria fazer a mesma coisa. A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso; a palavra foi feita para dizer.
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| Coração, na edição da Cosac Naify, 2011. |
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| Cuore, na edição da Autêntica, 2012. |
Em minhas viagens ao sertão baiano, neste mês de fevereiro, soube da existência de um professor-compositor-escritor chamado Jorge Portugal. De suas ideias, lutas e palavras.
Um livro seu reúne artigos sobre educação, cultura, arte e política: Se escola fosse estádio e educação fosse copa... (Vento Leste, 2011). São textos combativos, otimistas, preocupados, temperados com o entusiasmo amadurecido de quem, além de dizer o que pensa, atua de acordo com o que diz.
No Metrô de São Paulo há máquinas que cospem livros. E aceitam qualquer valor. Então, por 2 reais, comprei hoje cedo o romance Fumaça, do escritor russo Ivan Turgueniev (1818-1883). Por apenas 2 reais. Livro novinho: 2 reais.
A sua história é uma história de superação. Suas vitórias são inspiradoras. Sua fé religiosa é sincera e, graças a essa fé, Nick multiplicou em si mesmo cem braços e cem pernas, para abraçar e percorrer o mundo.
O sucesso de um empreendimento humano não se reduz aos resultados do gerenciamento financeiro, ou das estratégias de marketing, ou das técnicas de venda. A verdadeira qualidade de uma empresa reside na qualidade das pessoas que nela trabalham e das pessoas que dela recebem algum tipo de serviço.