segunda-feira, 7 de maio de 2012

Errar é autenticamente humano!

Errar não é um episódio esporádico na vida humana. Ao contrário, o ser humano é um ser que se equivoca, é um ser errante, errático, erradio.

Não admitir que erramos ao longo do dia (e todos os dias) é um erro a mais em nosso currículo! Tentar convencer os outros (e a nós mesmos) de que não nos equivocamos constantemente é um novo equívoco!

Somos manipuláveis, falhamos sem perceber (ou sempre temos uma razão que elimina a gravidade de nossas falhas), andamos iludidos até o fim da vida, acreditando, porém, que os outros, sim, estão mergulhados na ignorância, na burrice ou nas más intenções.

Estas frases nasceram de minha leitura de Por que erramos?, de Kathryn Schulz, jornalista e escritora norte-americana. O livro foi publicado em 2011 pela Editora Larousse.

A autora surpreende por seu talento filosófico. Argumenta com segurança, articula informações científicas com fatos históricos, faz o leitor pensar. É uma estudiosa da errologia, ciência (sem pedigree) fundamental para que superemos o perfeccionismo ilusório.

A erróloga Kathryn Schulz
Um trecho (pág. 34) como aperitivo:

Para que o erro nos ajude a ver as coisas de maneira diferente, contudo, temos primeiro de vê-lo de maneira diferente. Esse é o objetivo deste livro: promover uma intimidade com a nossa própria falibilidade, expandir nosso interesse e vocabulário para falar sobre nossos erros e nos determos por algum tempo dentro da normalmente fugaz e efêmera experiência de errar.

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