sábado, 21 de janeiro de 2012

A eterna insatisfação

Estes quadrinhos de Fábio Moon e Gabriel Bá (na Folha de S.Paulo de hoje) me fizeram sentir um animal devorador de livros. Acrescentaria: "Não estou satisfeito com o que eu leio".
Que todos sejam vítimas dessa mansa loucura. Que todos tenham fome de ler. Uma fila de livros à espera da leitura, maior que as centopeias nas agências bancárias em dias de movimento. E apenas uma pessoa na caixa para atender à multidão: você.


Minha fila atual tem — geração superficial: o que a internet está fazendo com os nossos cérebros, de Nicholas Carr (Agir), Por que as pessoas acreditam em coisas estranhas, de Michael Shermer (JSN Editora), As coisas, de Georges Perec (Cia. das Letras), Literatura e gerações, de Julián Marías (Liv. Duas Cidades), O pianista no bordel, de Juan Luis Cebrián (Objetiva), A cortina, de Milan Kundera (Cia. das Letras), Nietzsche, de Rüdiger Safranski (Geração Editorial)...


Não estou satisfeito com o que li, e muito menos com o que ainda não li. Insatisfeito com a quantidade. E com a qualidade. Por melhor que seja o livro... sempre se espera um livro melhor.


E a fila aumentando...

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Sem braços, sem pernas, e sem... limites

No ano passado, ganhei o livro Uma vida sem limites (Novo Conceito Editora, 2011), em cuja capa está o autor, o australiano Nick Vujicic, um belo rapaz, sem braços, sem pernas, com uma boa história para contar.


A sua história é uma história de superação. Suas vitórias são inspiradoras. Sua fé religiosa é sincera e, graças a essa fé, Nick multiplicou em si mesmo cem braços e cem pernas, para abraçar e percorrer o mundo.


Penso que existe a autoajuda desqualificada e a autoajuda qualificada. Aquela, a desqualificada, está baseada em manipulação, e em linguagem que hipnotiza. Já a qualificada, nasce de uma experiência existencial autêntica.


A qualidade de um livro desse gênero está em não gerar ilusões. Os braços e as pernas não existem. A imagem da capa é forte mas não é chocante. O pescoço de Nick é musculoso, pois ele o exercita para se mover com o máximo de autonomia possível. Ele nada muito bem, como podemos ver no vídeo abaixo.



Possui um SPC (Sistema Pessoal de Convicções), tem uma voz firme e convincente, um estilo. Tornou-se um empreendedor social. Neste ano de 2012, fará 30 anos de idade.

sábado, 7 de janeiro de 2012

A busca da sabedoria no mundo do trabalho

A empresa que só se preocupa em acelerar a produtividade, gerar lucros, ganhar mercados, ultrapassar os concorrentes, colecionar conquistas... é uma empresa que corre muito... corre o sério risco de destruir e destruir-se.


O sucesso de um empreendimento humano não se reduz aos resultados do gerenciamento financeiro, ou das estratégias de marketing, ou das técnicas de venda. A verdadeira qualidade de uma empresa reside na qualidade das pessoas que nela trabalham e das pessoas que dela recebem algum tipo de serviço.


Esta qualidade humana será fonte de produtividade, lucros, mercados, conquistas... e um certo grau de felicidade.


Não são ideias tão absurdas. Estão presentes no livro Filosofia para executivos (Verus Editora, 2009), cujo subtítulo é "a sabedoria de grandes filósofos aplicada ao dia a dia empresarial". O autor é o alemão Andreas Drosdek, jornalista e consultor de empresas.


Um diferencial competitivo para as grandes empresas do nosso tempo é contratar (e ouvir) um Platão de terno e gravata. Em outras palavras: empresas bacanas buscam a sabedoria, ao passo que empresas toscas torcem o nariz quando alguém fala que é necessário pensar mais e correr menos.