quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Um monge realista

Já li alguns livros do beneditino Anselm Grün, um monge alemão realista. Nasceu em 1945. É doutor em teologia e leitor perspicaz de Jung.

Conselheiro espiritual, palestrante, um dos melhores escritores católicos do nosso tempo, fala sobre autoconhecimento, solidão, sofrimento, morte, virtudes, sempre com uma serena alegria.

Não é leitura simples... mas não é complicada! Grün consegue traduzir sua experiência monástica para a realidade das ruas, das casas, dos nossos compromissos cotidianos. Seu conhecimento da mística tradicional do ocidente joga luzes desconcertantes sobre nossas preocupações, sobre os problemas de hoje.

Um de seus livros mais interessantes é O ser fragmentado: da cisão à integração (Idéias & Letras), lançado em 2006, e já na 6ª edição. Em que faz uma reflexão sobre os tipos de fragmentação que sofremos e os modos de, convivendo com a sombra, superar impasses e depressões.


Um trecho da página 66 — Lidar criativamente com a própria sombra torna-a frutífera. A criatividade tem a ver com confiança e liberdade. Aquele que quer, medrosamente, manter sua sombra presa, será dominado por ela. Aquele que souber administrá-la criativamente poderá mantê-la como fonte de inspiração e de espiritualidade.

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